Na Quaresma, os cristãos se preparam para celebrar a Páscoa, que está no centro de todas as celebrações da Igreja e da fé cristã; com a Páscoa, comemoramos o Mistério Pascal da paixão, morte e ressurreição gloriosa de Jesus Cristo e nossa participação nesse Mistério de Cristo e da Igreja.
Durante a Quaresma somos convidados a rever nossa vida cristã, a fazer uma avaliação sobre como andamos no seguimento de Cristo e no progresso da virtudes cristãs; no final da Quaresma, na noite da Páscoa, faremos a renovação das promessas do nosso Batismo, que sã os compromissos de nossa vida cristã. Devemos, pois, preparar-nos para renovar nossa adesão a Cristo, como seus discípulos missionários e amigos. A Igreja nos indica os seguintes três exercícios quaresmais: a) o jejum – e neste conceito estão incluídas todas as formas de penitência, as escolhas e as necessárias renúncias e sacrifícios para correspondermos aos caminhos de Deus. Não existe vida cristã autêntica, sem seguir os Mandamentos de Deus e sem obedecer ao Evangelho de Cristo; e isso requer uma disciplina na vida e também sacrifícios e “cruzes”. O exercício do jejum deve ser um auxílio para a nossa conversão a Deus.
Este é um tempo abençoado, um “tempo favorável”. Comecemos logo os exercícios da Quaresma e nos exercitemos neles cada dia, respondendo ao convite de Jesus, ouvido na Quarta Feira de Cinzas: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. Rezemos mais intensamente; acolhamos a Palavra de Deus com atenção; façamos obras de penitência, cujo fruto será a conversão mais profunda a Deus e a alegria pascal.
por Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo e Presidente do Regional Sul 1 da CNBB
Publicado no “Povo de Deus”, folheto litúrgico da Arquidiocese , no 1º domingo da quaresma
São Paulo, 26.02.2012